sexta-feira, 29 de junho de 2007




Ontem à noite, olhei para todos os cantos da casa,
E descobri que não existem mais vestígios seus por aqui.
E a idéia de não ter mais, de não ter mais nada seu,
Queima-me a pele e amortece meus lábios.
Às vezes as lembranças batem,
Uma ou outra ponta de saudade, algumas alegrias, felicidades.
Mas não existem mais vestígios seus por aqui.
Até mesmo a sua foto, que ainda insiste em ficar em minha carteira,
Já não tem mais cor, já não reluz o brilho dos seus olhos e o vermelho dos seus lábios.
Depois de girar em torno da minha lembrança,
E espetar minhas memórias na forca do diabo,
Espremo-me entre os lençóis, que ainda guardam o teu cheiro, e o teu suor.
Apesar da magoa, sorrateira e esmagadora que ficou,
Meu coração ainda reluta em querer acertar tudo.
Pobre ingênuo acredita que menos hora, chega alguém com uma borracha,
Apaga tudo e refaz a historia.
Toda. Do começo.
Apesar de já não mais acreditar em contos de fadas e nas possibilidades do acaso,
Pobre ingênuo ainda reluta.
Mas Amor,
Não existem mais vestígios seus por aqui.

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