quinta-feira, 12 de julho de 2007



Uma vez sonhei que te perdia.
Não lembro ao certo se era você quem se afastava, ou se era eu.
Só lembro que tudo era escuro.
Escuro e frio
Aquilo me chamava a atenção.
Era assustador, tudo era visto em detalhes.
Eu podia “ver” tudo o que estava “sentindo”.
E isso, com certeza era assustador!
Juro que nunca tinha pensado que a tristeza se manifestasse num “nada” tão profundo.
Mas de repente, uma luz forte.
E num cortar de cena, minha alma volta ao meu corpo.
Ao contrario da depressiva sensação, que me traria os fatos, acordei aliviado.
Porém, algo inexplicado, exercia certa pressão contra o meu peito.
Sentia meu interior seco, deserto.
E a sensação, era que nem toda água do mundo,
umedeceria minha boca naquele momento.
Você me olhou preocupada.
E como se nossos corpos se entendessem, como se tivesse uma linguagem entre nos, como se isso já tivesse acontecido milhares de vezes, você como ninguém, sabia o que fazer. Eu sabia o que fazer.
Naquela noite, a Lua brilhava no auge do seu ciclo.
E nós nos amamos, e nem uma palavra foi dita!
Mas hoje, as trevas estão novamente sobre mim e a assustadora sensação de te perder, anda me assombrando as noites e ressecando meu coração.
E só o que me restam, são palavras.
...e lá fora, hoje a noite não tem Luar.



e eu, ainda penso em você




A e M

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