segunda-feira, 18 de junho de 2007






Mas que capricho do destino.
O que sempre quis, ou pelo menos o que sempre pensei que queria,
agora me persegue, e deixa na minha saliva, o gosto amargo de não querer mais.
Em minhas poesias, sobram as lembranças de uma vida vasta de sonhos e planos.
Com poucas realizações.
Porem, tenho agora,
Cada sonho, cada ambição, de forma concreta.
Mas meu coração, pobre e sequilho andante, não se acostuma ao certo.
Implora, se contorce e às vezes até sangra por emoções baratas.
Queria eu me acostumar com essa vida que todos almejam.
Caro amigo, quer sinceridade?
Tudo isso é muito chato.
Mas quem entende tal apelo?
Até entendo que, um homem que vive de sonhos, se afunda em desilusões.
Mas essa realidade absoluta me sufoca. Empanturra-me a alma.
E o que causa essa náusea repentina, é a mesma que suicida os incertos.
O que me amedronta, é saber que nunca mais terei a minha casinha de madeira verniz, com canteirinhos de flores nas janelas, e uma pontezinha de madeira.
Talvez um apartamento no centro da cidade.
Com um jardim de flores de plástico.
Um salão de festas, concorrido entre dezenas de condôminos.
Um carro do ano.
Uma sociedade no clube da cidade.
Férias no litoral.
Uma vida tranqüila,
Foi tudo que pedi a Deus. Que mentira.
E o pulso, ainda pulsa. O coração, não mais.

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