terça-feira, 21 de agosto de 2007
Hoje o jornaleiro não bateu na minha porta.
Toda aquela mesmice das noticias de domingo, hoje, não fazem parte do meu dia.
Não olhei meu horóscopo, não vi a previsão do tempo.
Não reguei minhas plantas, nem olhei para o sol que teima em apresentar-se lá fora.
Na verdade, toda essa coisa já não tem mais importância.
O Mago das Formulas virou-se contra mim, e ponto.
Pegou todos os meus livros baratos e minhas anotações vagabundas e jogou porta a fora.
Quem liga para o que você acha certo, disse ele.
E como quem vira uma pagina, decretou meu destino.
Botou-me frente a frente com os meus temores, e deu-me de bandeja a felicidade.
Apresentou-me a beleza, pura e simples.
E mesmo que teus olhos não brilhassem tanto,
E nem mesmo que tua boca fosse tão sedosa, a ponto de me sufocar o choro,
O encanto do incerto juntar-se-ia ao certo.
Até os que tinham o livro do destino em mãos nesse momento,
Fecharam as janelas e calaram-se em seus palácios.
Agora remexo os meus sentimentos, buscando achar explicações,
Que inexistentes rebatem minhas aflições e derramam em minha fase expressões escancaradas de paixão profunda.
E as questões mais simples resolvem-se em segundos.
E os problemas que assombrariam casais de bodas,
Já são vistos com simplicidade pela nossa simetria.
E unir-se-ão os laços, tocarão as cornetas.
E o que surge agora,
Será visto por todos, entendido pelos que precisam e eternizado por nos.
E que assim seja!
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2 comentários:
Desculpe a invasão, mas não podia deixar de comentar...
Gostei muito do seu blog, sempre que puder farei uma visitinha por aqui.
=)
Hoje to me sentindo assim. Igualzinho nesse texto.
E olha que não costumo facilmente achar textos que dizem de como estou...
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